sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Indisciplina Na sala de aula

A indisciplina escolar infantil é um dos grandes desafios no universo escolar, tanto para alunos quanto para professores e família. Saiba como lidar com ela. A indisciplina infantil é um dos grandes desafios no ambiente escolar — tanto para os professores, quanto para os próprios alunos e a família. Além de dificultar o processo de aprendizagem, esse tipo de comportamento pode afetar a construção das relações e prejudicar a sociabilização dos alunos. Lidar com a indisciplina, em casa ou em sala de aula, pode ser desafiador, mas não é impossível. Por isso, indicamos alguns pontos importantes para entender as causas e consequências desse problema, bem como para prevenir e lidar com tal questão. Continue a leitura para saber mais! Entendendo a indisciplina escolar infantil na escola Qualquer ambiente deve ser preservado por regras que regulamentem o comportamento e a convivência daqueles que nele estão inseridos. Portanto, o descumprimento dessas regras, a desobediência, confusão ou insubordinação, traduzem-se como indisciplina. São várias as causas desse comportamento. Porém, antes de qualquer julgamento, é importante avaliar o contexto do desenvolvimento cognitivo e emocional de cada criança. Dessa forma, torna-se possível compreender melhor por que ela se comporta dessa maneira, além de exercer uma escuta ativa e personalizar o ensino por meio de estratégias pedagógicas que promovem o desenvolvimento dos estudantes de maneira individualizada — sem, entretanto, deixar de estabelecer limites para os alunos. Verificando as principais causas do problema Como mencionado, são muitos os aspectos que podem influenciar direta e indiretamente o comportamento dos alunos: a realidade que a escola apresenta aos seus estudantes; o ambiente familiar; a forma como os alunos lidam com as emoções; o contexto social em que estão inseridos. Dessas causas, vamos destacar aqui 3, que estão diretamente relacionadas ao contexto escolar: 1. Falta de interesse nas aulas Essa é uma das principais dificuldades da educação escolar. Muito alunos comparecem à aula apenas por obrigação, não se envolvem nas atividades propostas e tornam-se apáticos. Tal desinteresse pode ser porque eles não percebem a utilidade dos conteúdos apresentados ou devido a uma didática monótona do professor — quando ele ensina tudo do mesmo jeito, as aulas são sempre iguais. Com isso, os estudantes ficam entediados, ansiosos e podem facilmente desviar o foco com barulhos, brincadeiras, conversas paralelas etc. Por outro lado, esses comportamentos, mesmo que indisciplinares, podem ser sintomas de um desejo por uma experiência escolar mais estimulante. Nesse caso, é fundamental buscar apoio da instituição para adotar meios mais lúdicos e criativos de ensinar, que mobilizem o interesse dos alunos para os conteúdos ministrados. Já existem vários exemplos de professores que propõem aulas dinâmicas, não só para combater a dificuldade de concentração e engajamento, mas também para aumentar o nível de assimilação dos alunos. 2. Dificuldade de dosar as ações contra a indisciplina infantil Quando os combinados da aula não são respeitados, cabe ao professor balancear as medidas de conscientização conforme a gravidade das ações. Por exemplo: xingamentos e agressões entre colegas precisam de maior intervenção e cuidado do que comportamentos como usar boné em sala de aula. Se o professor trata todas essas ações da mesma maneira, aqueles que praticaram atos mais leves podem se revoltar e responder com um nível de indisciplina ainda maior. O que fazer nesses casos? É recomendável analisar a real gravidade de cada problema e estabelecer critérios e níveis segundo a indisciplina. Lembre-se de que a falta de referência na hora de abordá-los pode gerar injustiças ou medidas excessivas. Também é importante destacar que, nessas situações, o docente precisa contar com o apoio dos seus colegas, além da coordenação e direção da escola para lidar melhor com a indisciplina. 3. Violência gerada por violência sofrida A falta de medidas preventivas ou de conscientização em casos de violência ou bullying pode nutrir um sentimento de injustiça e abandono por parte das crianças e jovens que são alvos dessas ações. Da mesma forma, aqueles que praticam esses atos podem mais facilmente naturalizá-los e repeti-los, gerando um gatilho para a violência generalizada e um círculo vicioso de indisciplina e hostilidade. Para lidar com esse problema, as medidas de conscientização são o caminho mais efetivo. Por meio de atividades que estimulem o senso de cooperação e igualdade, é possível dissolver conflitos. Palestras e ações educativas, com o engajamento da família, podem levar à raiz do problema e apontar as razões que motivam a indisciplina e a violência em uma criança. Por meio da afetividade somada ao empenho em conscientizar os alunos dos desdobramentos que comportamentos dessa natureza podem acarretar na vida de todos, o professor amplia o sentimento de justiça, aumentando a segurança e fortalecendo o convívio harmonioso em sala de aula. Conhecendo as consequências da indisciplina infantil Agora que você já conhece 3 das principais causas da indisciplina infantil escolar e como combatê-las, vale a pena entender melhor quais são as consequências desse comportamento quando prolongado ou não resolvido. Pensando nisso, reunimos 3 efeitos da indisciplina na escola: 1. Queda no rendimento escolar individual O primeiro a sofrer com a indisciplina é o próprio aluno. Os conflitos entre professor e estudante passam a ser constantes e a aprendizagem vai ficando comprometida. A criança não consegue mais prestar atenção nas aulas ou pode até começar a faltar e, com isso, as notas caem. 2. Comprometimento da aprendizagem do grupo Um aluno indisciplinado geralmente rouba toda a atenção na sala de aula, tirando o foco das outras crianças. Com isso, além dele próprio ter um aprendizado menor, muitos colegas podem passar a ter dificuldade em acompanhar as aulas, o que ainda pode gerar mais indisciplina. 3. Desgaste da relação do professor com os alunos Esse tipo de comportamento também impacta na relação entre o docente e os alunos. Os professores encontram cada vez mais dificuldades para exercer seu papel em sala de aula, o que pode gerar estresse, desmotivação e prejudicar seu desempenho. Combatendo a indisciplina escolar Antes de querer combater a indisciplina, é importante acordar com os alunos quais serão as regras de convivência em sala de aula, a fim de que todos estejam cientes do funcionamento do ambiente, assim como de seu papel no conjunto. A participação das crianças e dos jovens na construção dessas regras é fundamental para que eles se sintam envolvidos e entendam as normas que regem o espaço e as relações nos quais estão inseridos, além da razão de cada umas delas existirem e serem respeitadas. Veja outras ações que podem ser adotadas no combate à indisciplina infantil na escola: elaborar atividades educativas e lúdicas que ensinem sobre bons hábitos; envolver os alunos em atividades de descontração, riso e autoexpressão; incentivar a família a estar sempre atenta ao comportamento das crianças e dos adolescentes, conversando sobre o dia a dia escolar, identificando as questões emocionais que as afligem; lembrar que a família é o exemplo central para as crianças. Elas aprendem eminentemente pelo exemplo, isto é, secundarizam o discurso. Portanto, não adianta agir com autoritarismo e apenas brigar, gritar ou repreender para tentar enfrentar a indisciplina infantil. Esse tipo de postura pode agravar a situação, levando as crianças a se comportarem de maneira ainda pior. O primeiro passo é entender o contexto em que elas vivem e, a partir daí, estabelecer uma relação e uma comunicação pautadas no respeito, no amor e no carinho. Tal postura favorece um comportamento semelhante nas crianças, o que auxilia e minimiza os conflitos, promovendo e mantendo a harmonia do ambiente. Lidando com diferentes perfis de alunos Outro importante desafio dos professores é aprender a lidar com os vários tipos de alunos que existem e se misturam no ambiente escolar. Para ajudá-los nessa tarefa, reunimos as características de alguns dos perfis mais comuns de estudantes indisciplinados: 1. A geração Z Esse grupo é formado pelas crianças que já nascem com um smartphone na mão e estão sempre conectadas. Elas se sentem muito mais à vontade para se relacionar por meio das redes sociais e estão habituadas à inovação e à velocidade. Essa geração está crescendo e ocupando as salas de aula, trazendo consigo um novo desafio para os professores. Afinal, é importante não deixar que o uso constante das tecnologias leve esses jovens a se tornarem adultos sem qualificação. Para isso, cabe ao professor: ensinar os alunos a fazerem uso da tecnologia em prol do seu próprio desenvolvimento; mostrar à turma como selecionar mais assertivamente as informações em meio à imensidão de conteúdo; incentivar a utilização dos recursos tecnológicos para o enriquecimento cultural; preparar aulas mais dinâmicas e diversificadas, realizando, preferencialmente, atividades práticas e coletivas. 2. O agressivo É o aluno que está sempre discordando de todo mundo e criando confusão sem necessidade. Para conter esse tipo de comportamento, é importante que o professor não aponte o dedo para o estudante, mas sim que deixe claro que essa postura não será admitida em sala de aula. Vale explicar os motivos pelos quais a agressividade não é tolerada e as consequências para quem se comportar dessa forma. Se necessário, a família pode ser envolvida para tentar encontrar uma solução. 3. O desafiador Geralmente, a postura desse tipo de aluno é questionar o tempo todo o professor. Apesar de muitas vezes esse comportamento ser irritante, é preciso manter a calma e impor limites para o estudante. Deixe claro que questionamentos são importantes para o aprendizado de todos, mas que é preciso saber o momento certo para falar. Estabeleça algumas regras para o diálogo com esse aluno e o resto da turma. 4. O distraído Algumas crianças se desconcentram facilmente com qualquer coisa, seja um barulho, uma conversa paralela ou, até mesmo, pela própria imaginação fértil. Já os alunos um pouco maiores tendem a se dispersar com temas considerados “chatos” ou complexos. Aulas mais dinâmicas e interativas são importantes métodos para evitar essas distrações, pois ajudam a manter o foco do aluno no professor. Vale também ficar atento à disposição dos lugares e deixar essas crianças sempre longe de janelas e portas, lugares que permitem que elas vejam outras atividades. 5. O engraçadinho da turma Esse é o aluno que faz piada de tudo e dispersa também os colegas com gracinhas e brincadeiras frequentes durante as aulas. Tal comportamento pode esconder uma carência por atenção. Por isso, é importante que a advertência não seja feita diante da turma, a fim de desencorajá-lo a voltar a fazer graça. Nesse momento a sós com o estudante, o professor pode explicar qual é o comportamento esperado dele. Já durante as aulas, o aprendizado desse aluno pode ser melhor desenvolvido com a abordagem de assuntos e a realização de atividades que sejam do interesse dele. O papel do docente e da instituição de ensino Vale ressaltar a importância de o professor e a escola olharem com mais atenção e cuidado para os alunos com os perfis agressivo, distraído, desafiador e engraçadinho. Isso porque esses tipos de comportamento podem estar relacionados a problemas pessoais, familiares, questões emocionais ou até a algum tipo de distúrbio neurológico. Isso pode ser uma forte evidência de que a criança precisa de ajuda e, portanto, é essencial que escola e professor se aproximem dos estudantes para saber mais sobre sua vida pessoal e, assim, poder encontrar um caminho para ajudá-los a lidar com determinadas dificuldades. Gostou do nosso artigo sobre a indisciplina escolar infantil e as formas de lidar com ela? Então baixe o nosso e-book com um conteúdo complementar que vai ajudá-lo a entender por que as crianças fazem birra — e como reagir! Bibliografia: Escola da inteligência, educação socioemocional. No estágio lidei com todos estes tipos de problemas,todos os tipos de alunos, via o desinteresse,a agressividade por agressividade, e etc... Não foi nada fácil trabalhar com uma turma assim, diálogo e reflexões estes foram meus alicerces para conseguir um ambiente respeitoso.

Estágio

No estágio peguei uma turma de 4 ano, com muitos conflitos, bem agitada e numerosa. Meu projeto foi " De CONVIVÊNCIAS é DIFERENÇAS: em busca de um coletivo de respeito, afetos e aprendizagens.Minha prática pedagógica foi baseada em diversos alicerces, principalmente o respeito às singularidades e a realidade em que o aluno está inserido. Minha concepção pedagógica foi baseada em Paulo Freire, pedagogia crítica, da singularidade e o meio onde está inserido o aluno. O diálogo foi meu principal método, através dele fiz com que os alunos refletisse. "Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo." " O diálogo cria a base para colaboração." Paulo Freire

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Pra se "Pensar"

Ariano Suassuna, nesta brilhante entrevista, fala sobre Deus e o sentido da vida. Cita outros escritores, fala do suicídio e das agruras da morte. Para ele, o maior problema filosófico é o “problema do mal e o sofrimento humano”. Ao mencionar e declamar um poema de Leandro Gomes de Barros, afirma que o poeta fez, de fato esses, os grandes questionamentos a se fazer à divindade e àqueles que nela acreditam. Abaixo, a íntegra do poema cujo trecho é mencionado na entrevista: O mal e o sofrimento >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>por Leandro Gomes de Barros Se eu conversasse com Deus Iria lhe perguntar: Por que é que sofremos tanto Quando viemos pra cá? Que dívida é essa Que a gente tem que morrer pra pagar? Perguntaria também Como é que ele é feito Que não dorme, que não come E assim vive satisfeito. Por que foi que ele não fez A gente do mesmo jeito? Por que existem uns felizes E outros que sofrem tanto? Nascemos do mesmo jeito, Moramos no mesmo canto. Quem foi temperar o choro E acabou salgando o pranto

terça-feira, 30 de julho de 2019

Arte Contemporânea

Meu ponto de vista sobre a arte contemporânea não é positivo, eu não gosto, pois é muito complexo entender que pendurar objetos, pintar rabiscos, seja arte. Se a arte contemporânea é o reflexo da nossa sociedade, então estamos doentes e esquisofrenicos. A arte pra mim é o Belo, uma pintura bem.feita, uma escultura moldada, algo difícil de qualquer um imitar. Talvez um dia eu mude meu modo de pensar arte contemporânea,preciso aprender mais sobre, ou enxergar com olhos diferentes.

Características da Arte contemporânea

Características da arte contemporânea Alguns das principais características da arte contemporânea são: Abandono dos suportes tradicionais; Fusão entre arte e vida; Uso das novas tecnologias e mídias; Mistura de estilos artísticos; Obras interativas; Obras questionam a definição de arte; Aproximação com a cultura popular; Uso de diferentes materiais para a produção das obras; Liberdade e efemeridade artística; Baseado no conceito de sociedade da informação.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Minha trajetória na inclusão

Meu trabalho diário é com os alunos de inclusão, os ditos neuro atípicos.
Sou desafiada todo o dia, tentando melhorar o dia dos mesmos na escola.Sabemos que é um trabalho de formiguinha, mas quando vejo o brilho no olhar dos mesmos por aprenderem algo, me sinto feliz.
Se todos olhassem para estes alunos com um olhar diferenciado sem preconceito, talvez conseguíssemos a inclusão de fato.
Amo estes alunos, e aprendo mais com eles do que ensino.

Preconceito Racial

O que é Preconceito racial:

Preconceito racial é toda e qualquer forma de expressão que discrimina uma etnia ou cultura por considerá-la inferior ou menos capaz.
Também designado de racismo ou preconceito de raça, o preconceito racial já existe na humanidade há muitos anos não só no Brasil, mas no mundo todo.
É importante referir que o próprio conceito de raça é uma construção social usada para definir o que na verdade é uma etnia. As chamadas raças humanas não existemcomo entidades biológicas.

Segundo Sérgio Pena, médico geneticista brasileiro, “...cada brasileiro tem uma proporção individual única de ancestralidade ameríndia, europeia e africana”. Portanto, não se pode afirmar que um indivíduo seja da raça x ou y com base na cor de sua pele.
Apesar de a maioria das pessoas só considerar a etnia negra quando o assunto é preconceito e racismo, atualmente esse problema moral e social também é sofrido por outras etnias.
Não é novidade, por exemplo, pessoas brancas que praticam alguma atividade ou que têm algum hábito originado na cultura negra serem ostracizadas ou julgadas como incorretas por estarem fazendo coisas que, segundo os racistas, “não são para brancos.”
Também é considerado preconceito racial o ato de atribuir determinados gostos ou capacidades a um indivíduo com a justificativa única de que tal é uma característica da etnia à qual esse indivíduo pertence.
É o chamado preconceito não intencional, onde embora possa não haver a intenção de discriminar, há a propagação de uma ideia de esteriótipo racial.

História do preconceito racial no Brasil

A história do racismo no Brasil teve início com a colonização portuguesa. Os primeiros a sofrerem preconceito por conta de sua etnia foram os índios nativos que habitavam as terras brasileiras aquando da chegada dos portugueses.
Esses índios, também utilizados como escravos, foram considerados inferiores e inclusive incapazes de desempenhar certas tarefas braçais das quais os portugueses necessitavam para cuidar, por exemplo, das lavouras de café e dos engenhos de açúcar. Foi então que em meados do século XVI, os colonizadores decidiram buscar negros africanos, considerados fisicamente mais fortes. Deu-se então o início ao tráfico de mão de obra.
Ao chegarem ao Brasil, os negros africanos tornaram-se escravos e propriedade dos colonizadores portugueses. A sociedade da época ficou dividida em duas partes: de um lado brancos e livres e de outros negros escravizados e sem qualquer tipo de direito.
Começaram então a aparecer as primeiras demonstrações de preconceito racial. Os negros foram impedidos de frequentar certos locais onde só era admitida a presença de pessoas que comprovassem a chamada pureza de raça, ou seja, que fossem 100% brancos.
Em 13 de maio de 1888, deu-se a abolição dos escravos, o que teoricamente os deixaria livres e em condições de viverem livres, mas no entanto, não foi assim que aconteceu.
Acostumados a viver dependentes de seus colonizadores, os então ex-escravos viram-se perdidos em uma sociedade para a qual eles não estavam preparados. Não tinham onde viver e nem mesmo como se sustentar. Muitos escravos preferiram, inclusive, continuar trabalhando para seus antigos donos em troca de habitação e comida.
Sem ter para onde ir, os escravos que não voltaram para seus donos começaram a povoar os subúrbios das cidades e formaram-se os então chamados bairros africanos, precursores das favelas. Essa população viveu sempre marginalizada, nos subúrbios e sem as mesmas condições de vida que as pessoas que viviam em regiões mais centrais.
Desde então, a população das favelas é formada por uma maioria negra ou afro-descendente e carenciada.

O período de escravidão deixou mazelas que ainda são notórias hoje em dia. O preconceito sofrido pelos morados das favelas, por exemplo, tem teores sociais, mas sobretudo raciais.

Corporeidade

Corporeidade ou Mente corpórea é um termo da filosofia para designar a maneira pela qual o cérebro reconhece e utiliza o corpo como instrumento relacional com o mundo.
Desde que nascemos somos corporeidade. Mente e corpo estão interligados diretamente com o mundo a sua volta. 

Avaliação

Avaliação é o processo que revela como e o que o aluno aprendeu, como ele mudou seu jeito de pensar, alcançando as expectativas previamente traçadas. No Brasil, geralmente os educadores lançam mão de provas. Mas é possível avaliar o aluno em situações de trabalho em grupo, exposições orais, produções de texto e outras.
Nos anos iniciais até o terceiro ano muitas escolas utilizam os pareceres descritivos para avaliar o aluno.
No quarto ano se iniciam as notas, onde fica bem complexo a avaliação.
Nas minhas avaliações com turmas de 4 e 5 anos  sempre avaliava caderno , participação, visando valorizar o aluno por completo, não só na prova

A importância dos Projetos

Na escola onde trabalho visando a importância da leitura, foi feito um projeto do qual todos os professores acharem importante o aluno virar leitor e interpretar o que lê, todo dia em determinado horário a escola inteira para e todos fazem a leitura de um livro, cada turma tem sua caixa de livros , pois se o mesmo não terminar o livro , continua a ler no outro dia e assim por diante.
Ainda não sabemos se realmente os alunos terão o hábito pela leitura, mas o Projeto é muito importante para conseguir este objetivo.


Estágios de Piaget


Meu filho Pedro Henrique está no estágio sensorio-motor, tem 1 ano e 8 meses, tudo que Piaget fala sobre este estágio meu filho passou ou está passando, curiosidade, colocar tudo na boca, seu desenvolvimento corporal e cognitivo a mil.
Falando de mãe pra mãe, uma fase difícil, não dá pra piscar o olho, e cuidado com o silêncio se o bebê não estiver dormindo, pois a curiosidade é constante.

Qual professor você é?

Esta frase é bem impactante, me pergunto, estamos criando modo das crianças descobrir sozinhas ou queremos respostas prontas?

Nuvem de palavras

Muito legal fazer com os alunos, inicia com uma palavra chave e uma vai interligando a outra, mais divertido aprender.



Planejameto Pedagógico

O que é o planejamento pedagógico?

O planejamento pedagógico, como o próprio nome já indica, é uma maneira de organizar as atividades e os conteúdos que serão trabalhados na escola durante o ano letivo. Esse documento esboçará as intenções da escola, explicitando os objetivos que cada professor ou turma espera atingir ao final das aulas.
Antecipar as situações e atividades durante o ano contribui para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem e, ainda, evita que a equipe da escola seja pega de surpresa por alguns problemas.
Em poucas palavras, o planejamento pedagógico significa conhecer as necessidades e a realidade da instituição, estabelecer objetivos e metas, destinar recursos materiais e financeiros e gerir pessoas e tempo. Dessa forma, é possível antecipar obstáculos e antever ações, a fim de colaborar com o desenvolvimento educacional dos alunos.
Além de questões que podem parecer burocráticas a princípio — como definição de turmas, distribuição dos conteúdos pela grade de horários e elaboração do calendário escolar —, o planejamento é fundamental para a compreensão de como a instituição pode cumprir sua missão diante dos seus projetos e obstáculos particulares.
No planejamento pedagógico, é essencial analisar dois aspectos da realidade escolar:
  • realidade interna: reflete o número de docentes, a infraestrutura, as dificuldades enfrentadas pela gestão, os objetivos pedagógicos a serem atingidos, entre outros pontos relevantes;
  • realidade externa: o relacionamento da escola com a família dos estudantes e com a comunidade na qual está inserida, o cumprimento com as exigências do Governo e do mercado, etc.
Essas são duas realidades que merecem grande atenção. Caso a realidade interna não seja analisada de maneira eficiente, é bem provável que a escola não caminhe para um objetivo maior.
Por isso, é preciso definir todos os aspectos apontados a partir de ambas as realidades. Essa ação ajudará gestores e professores a compreenderem a situação de modo mais apurado possível.
Algumas ferramentas importantes para esse fim são: pesquisas, coletas de depoimentos da comunidade escolar e análise de satisfação. Ou seja, tudo que vai mostrar os acertos e os equívocos da instituição no ano anterior, para que, assim, ela possa planejar um caminho mais certeiro no ano letivo seguinte.

Como seria um bom planejamento pedagógico?

Antes de começar os dias letivos, os docentes se reúnem para confrontar as intenções da instituição escolar com a sua realidade. A partir disso, elaboram um plano de ação que realmente combine duas condições: o que se deseja fazer e o que pode ser feito. Assim, é possível que a escola se aproxime da sua missão sem deixar de analisar o contexto no qual está inserida.
De maneira mais ampla, a construção desse documento precisa contemplar:
  • regras de uso dos espaços da escola (bibliotecas, pátio, quadras, etc);
  • calendário geral da escola;
  • projetos interdisciplinares;
  • reuniões de pais e professores;
  • avaliações;
  • formação continuada.
Um bom planejamento deve descrever claramente quais são os propósitos da escola para a formação integral do aluno. Dessa forma, os professores poderão sistematizar suas aulas em consonância com os objetivos a serem atingidos por aquela unidade escolar.

Qual a importância do planejamento pedagógico?

Após entender um pouco sobre o que é o planejamento pedagógico, é interessante reconhecer a importância de construir um planejamento organizado, que tenha uma intencionalidade pedagógica condizente com o projeto político pedagógico (PPP). Tal planejamento trará clareza para educadores e pais sobre a intenção pedagógica da instituição escolar.
Além disso, o planejamento auxilia na organização de disciplinas, datas comemorativas, formação continuada, reuniões, entre outras rotinas, já que ele vai detalhar passo a passo todas as atividades e ações que devem ser tomadas. Vejamos a seguir por que ele é tão importante!

Auxilia os professores

Além de auxiliar os educadores na condução de aulas mais eficientes e dinâmicas, o planejamento pedagógico proporciona a troca de experiências e de ideias entre os professores e coordenadores pedagógicos. Ainda, busca a construção da unidade escolar, na qual todos os professores estejam trabalhando em prol dos mesmos objetivos.
Problemas e obstáculos sobre o planejamento anterior são reportados no encontro de toda a equipe escolar, chamando atenção para possíveis mudanças no próximo ano. Ademais, esse planejamento permite que soluções encontradas por cada um nos desafios sejam trocadas e discutidas.
Dessa maneira, os envolvidos poderão contribuir para que o ano letivo seja repleto de resultados satisfatórios, fazendo com que todos possam aprender uns com os outros. A intenção é que a escola construa propostas mais eficientes para cumprir sua missão pedagógica.

Transforma conceitos em realidade

O planejamento pedagógico não se trata apenas de um documento ou requisito inteiramente burocrático. Ele representa uma diretriz que oferece a oportunidade de levar a escola a repensar o seu papel, bem como a sua intencionalidade pedagógica.
Por meio dessa organização, cada educador consegue direcionar o seu trabalho para o objetivo que toda escola tem em comum. É uma ferramenta que auxilia os professores a concretizar seu trabalho na prática docente, ou seja, no cotidiano escolar.

Faz uma revisão e avaliação do que foi feito antes

Outro ponto relevante do planejamento é que ele pede da equipe pedagógica uma revisão das ações e dos resultados do passado: refletir com criticidade o trabalho pedagógico é uma das funções do planejamento. Um bom exemplo é analisar o modelo de avaliação aplicado no ano anterior e verificar o que deu certo e, se necessário, corrigir falhas.
Consequentemente, a cada novo planejamento, a equipe tem a possibilidade de analisar e refletir criticamente o trabalho pedagógico que a escola está desenvolvendo. Logo, novas estratégias poderão ser pensadas para que a escola continue avançando de maneira constante, atentando às novas demandas que possam aparecer dentro ou fora da instituição.

Concilia interesses da comunidade

O planejamento acaba por englobar todas as partes da instituição de ensino, tanto internas quanto externas (docentes, discentes, funcionários, governo, família e toda a comunidade).
É indispensável que a comunidade participe efetivamente das decisões do planejamento: para que seja, de fato, um instrumento de melhoria na educação dos alunos, ele precisa ser pensado coletivamente, com compromisso e responsabilidade, a partir de um processo de mobilização que envolve elaboração, acompanhamento, avaliação e reelaboração.
Uma das mais importantes tarefas da equipe gestora é encontrar pontos de partida para atingir um nível esperado de mobilização, pois muitas lideranças vão emergir durante o processo, provocando novas adesões.
Sendo assim, além de abrir espaço para que os membros da equipe de coordenação pedagógica e docentes troquem experiências, o planejamento possibilita que o conselho familiar e a comunidade tenham oportunidade de contribuir para a instituição. Essa atitude de conciliar interesses de todos os participantes torna a escola mais consciente das demandas externas e mais democrática.
Como mencionamos no início do post, o planejamento pedagógico tem como finalidade traçar metas para serem cumpridas durante o ano letivo, a fim de que a instituição escolar se oriente da melhor forma possível.
Então, para que ele seja produtivo e eficaz, é fundamental que apresente objetividade, ordem sequencial, flexibilidade e coerência, cabendo ao educador, em conjunto com os demais membros da escola, adaptar o planejamento pedagógico quando necessário, com o intuito de assegurar uma das funções primordiais do documento: a de guiar as práticas dos professores em sala de aula.
Blog Inteligência e Educação Sócio Emocional 

Fordismo e Taylorismo

O que é Fordismo?

Fordismo é uma metodologia científica idealizada pelo empresário Henry Ford (1863 a 1947), caracterizada pela produção em massa que revolucionou a indústria automobilística em 1914, quando foi criada a primeira linha de montagem automatizada. Ford criou o mercado de massa para automóveis. Os veículos eram montados em uma esteira que se movimentava em quando o funcionário ficava parado aguardando o veículo se aproximar para realizar etapa por etapa da produção.
E isso não exigia quase nenhuma qualificação do operário. Uma outra característica da metodologia de Ford, era que o trabalho era entregue diretamente ao operário, não sendo necessário movimentos inúteis. Porém o Fordismo só ganhou forças mesmo na década de 1950 e 1960, entretanto em 1970 a metodologia entra em declínio por causa da General Motors, que flexibiliza sua produção e seu modelo de gestão, lança diversos modelos de veículos e adota um modelo de gestão profissionalizado e ultrapassa Ford (a maior montadora de veículos do mundo).
Ainda na década de 1970 após o choque do petróleo e a entrada de competidores japoneses no mercado automobilístico, o fordismo perde forças e é gradativamente substituído pelo sistema Toyota de produção. Foi graças ao taylorismo-fordismo que o automóvel se tornou um produto de consumo em massa, se popularizou, e devido aos salários elevados e facilidade de crédito ao alcance da classe média, muitas pessoas conseguiram adquirir seu próprio veículo, o célebre modelo T, lançado em 1908 pela Ford Motor Company.

O que é Taylorismo?

Taylorismo é derivação do nome do pai da Administração Científica, o engenheiro e também economista Frederick W. Taylor (1856 – 1915). Por introduzir a utilização de métodos científicos cartesianos na administração das empresas. Seus estudos buscaram alcançar a eficiência e eficácia do processo industrial.
O controle flexível e mecanicista elevou fortemente a produção das indústrias, mas em contrapartida gerou muitas demissões e insatisfação por parte dos operários que se sentiram prejudicados com a nova metodologia. Taylor acreditava que oferecendo instruções sistemáticas aos trabalhadores, aumentaria a produção e a qualidade dos produtos e serviços, também acreditava que qualquer trabalho necessitava de um estudo preliminar que determine uma metodologia própria, capaz de gerar o máximo desenvolvimento e capacitação dos colaboradores. Taylor defendia a coparticipação entre capital e trabalho, na busca por menores custos, salários mais altos e o aumento da produtividade.
Através do controle das atividades e de normas procedimentais, considerava que os trabalhos deveriam ser executados de acordo com uma sequência e tempo pré-programados. Para o Taylor o bom funcionário é aquele que não discute ordens e faz o que lhe mandam fazer, sem questionar e sem se impor. Simplesmente assim, a gerência planeja e os operários realizam as tarefas que lhe são determinadas. As ideias de Taylor inspiraram um modelo de produção industrial que viria revolucionar as industrias no século XX.

As Similaridades

  • Maximização da produção e elevação do lucro;
  • Minimização de espaço, tempo e custo de produção;
  • Aproveitamento total dos operários, considerando o homem como uma máquina que deve trabalhar interruptamente.

As Diferenças

O fordismo defende:
  • Quanto maior os salários dos trabalhadores, maior será nível de produção;
  • A divisão do trabalho e a especialização dos trabalhadores;
  • A produção em massa, ou seja, produzir mais com menor custo possível;
  • O estudo dos tempos de tarefa e movimentos dos trabalhadores;
  • O desenho de cargos e hierarquias e fragmentação das tarefas.
O Taylorismo defende:
  • Eliminar os desperdícios e perdas sofridas pelas indústrias;
  • Elevar os níveis de produção por meio da aplicação de métodos e técnicas de engenharia industrial;
  • A redução da complexidade do trabalho;
  • A racionalização do trabalho;
  • A produtividade no trabalho;
  • O foco da atividade centrado no cliente-consumidor.
Referências: Conceito em gestão 

Criaticidade

Criatividade e curiosidade - como estimular os alunos

Desenvolver o potencial criativo dos alunos é um grande desafio para os educadores, que são os responsáveis por estimular e facilitar a criatividade em sala de aula.

Criatividade e curiosidade - como estimular os alunos - Artigos CPT
Como a maioria das práticas pedagógicas implantadas nas escolas são padronizadas, seguindo procedimentos e cartilhas, desenvolver o potencial criativo dos alunos tornou-se um grande desafio para os educadores, que são os responsáveis por estimular e facilitar a criatividade em sala de aula. Estimular a criatividade, portanto, é um dos eixos norteadores do ensino e da aprendizagem. 

Segundo Elaine Battestin, Professora do Curso CPT Metodologia de Projetos - Maior Eficiência no Ensino, “O desafio está em adquirir recursos e criar estratégias e atividades que alimentem o universo simbólico dos alunos. Para isso, os professores devem focar a construção do aprendizado com base em três grandes premissas: a capacidade do conhecimento de mundo, o desenvolvimento de interações práticas (trocas de experiências) e vivência da inteligência da criança”. 

A partir disso, será possível obter um leque de opções para que os alunos busquem por informações, com mais entusiasmo, pois faz parte de sua natureza descobrir, aprender e passar seus conhecimentos para os que interagem com eles. Vale, por exemplo, articular a vivência prática:

- Levar os alunos a manifestações culturais, como exposições ou atividades de arte e expressão.
- Visitar museus.
- Ir a um parque para observar a natureza.
- Desenvolver atividades corporais etc.

A sala de aula é um ambiente em que o aluno tem a oportunidade de estar em contato com conteúdos diversos, e explorar esses assuntos fora da sala de aula permite que eles aprendam com a prática, com as experiências adquiridas no mundo em que vivem. Isso deixa claro que o papel do professor não se restringe apenas em apresentar um universo desconhecido aos estudantes; afinal, ele deve ensinar mais do que as matérias e assuntos abordados em livros de matemática, português, geografia etc. Ou seja, deve haver espaço para o estímulo de outras habilidades, como a criatividade e a curiosidade. Confira, a seguir, dicas para incentivar essas habilidades na sala de aula:

- Estimule o desenvolvimento de ideias
Desenvolver o potencial criativo dos alunos tornou-se um grande desafio para os educadores - Artigos CPT
O professor deve criar estratégias e atividades que alimentem o universo simbólico dos alunos.
Assim como toda competência, existem pessoas com maior e menor facilidade para a criatividade, mas, ainda assim, todos podem aperfeiçoá-la. Dessa forma, estimule comportamentos que envolvam grandes ideias vinculadas às sociedades (por exemplo, um novo estilo literário ou reivindicações de movimentos sociais) e, ou, formas de resolver problemas rotineiros.

- Crie um ambiente propício para a expressão da criatividade
A sala de aula é um ambiente em que o aluno tem a oportunidade de estar em contato com conteúdos diversos - Artigos CPT
Faça da sala de aula um ambiente em que os alunos estejam dispostos a ouvir o outro e apoiá-lo, onde a criatividade possa ser compartilhada livremente.
A receptividade das ideias é muito importante em uma comunidade. Dessa forma, faça da sala de aula um ambiente em que os alunos estejam dispostos a ouvir o outro e apoiá-lo, onde a criatividade do indivíduo possa ser compartilhada livremente, sem que haja deboche ou menosprezo pelo que foi dito e, sobretudo, pelo aluno que se manifestou. Isso trará maior segurança e conforto para que os alunos exponham seus pensamentos.

- Incentive a curiosidade
Os professores devem descobrir quais são as principais fontes de inspiração de seus alunos - Artigos CPT
Uma maneira de estimular o pensamento criativo é descobrir quais são os interesses dos alunos.
Uma maneira de estimular o pensamento criativo é descobrir quais são os interesses dos alunos, pois essas são as principais fontes de inspiração deles. Encoraje-os a se informar melhor e cada vez mais sobre os temas de interesse, de forma a instigar a curiosidade. Além disso, permita que os alunos tenham um espaço para fazer perguntas e refletirem/discutirem com os colegas sobre esses assuntos e suas implicações.
- Pense no mercado de trabalho
Os professores devem educar seus alunos já pensando em prepará-los para o mercado de trabalho - Artigos CPT
O mercado de trabalho busca por profissionais inovadores e criativos.
Na maioria das empresas, os gestores buscam por profissionais que detenham as habilidades necessárias para a execução de determinadas tarefas, como também aqueles que sejam inovadores e criativos, para propor novos projetos e soluções. 

Pense nisto: 

Estimulando a criatividade dos alunos, o professor ajuda a prepará-los para o mercado de trabalho, ou seja, um ensinamento. 
 site www.cpt.com.br.

Pai da Didática

Comênio
Quando se fala de uma escola em que as crianças são respeitadas como seres humanos dotados de inteligência, aptidões, sentimentos e limites, logo pensamos em concepções modernas de ensino. Também acreditamos que o direito de todas as pessoas - absolutamente todas - à educação é um princípio que só surgiu há algumas dezenas de anos. De fato, essas idéias se consagraram apenas no século 20, e assim mesmo não em todos os lugares do mundo. Mas elas já eram defendidas em pleno século 17 por Comênio (1592-1670), o pensador tcheco que é considerado o primeiro grande nome da moderna história da educação.
A obra mais importante de Comênio, Didactica Magna, marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente. 
Referência: Nova Escola

domingo, 10 de fevereiro de 2019

A evolução tecnológica das escolas

Antigamente o recurso mais usado era o quadro negro.Os materiais básicos eram o caderno, lápis, borracha e livros.

Atualmente usamos muito o retroprojetor, principalmente nas faculdades, celular, Internet, notebook, tablets e etc.

Melhorou bastante o avanço tecnológico, mas em escolas públicas ainda continua precária a tecnologia.



Tecnologia nas Escolas brasileiras

Uso das tecnologias ainda desafia escolas brasileiras

Além de superar questões de velocidade e acesso a internet, escolas precisam se adaptar à cultura digital
Se a presença de ao menos um computador é uma realidade para a quase totalidade de escolas urbanas no País, ainda sobram desafios quando se pensa o uso qualificado dessas tecnologias pela educação.
Dados da Pesquisa TIC Educação 2016 divulgados na quinta 3 mostram que a velocidade da conexão é um deles. 45% das escolas públicas ainda não ultrapassaram 4Mbps de velocidade de conexão à Internet, e 33% delas possuem velocidades de até 2Mbps.
Outro ponto que chama atenção na pesquisa são os locais em que a internet se encontra disponível nas escolas. Tanto na esfera pública como na privada, ainda é maior a predominância do acesso nas salas de coordenadores pedagógicos ou diretores ou nas salas dos professores ou de reunião, o que pode inviabilizar a criação de práticas pedagógicas em diálogo com a tecnologia.
O uso das redes WiFi poderia suprir esta questão, já que os celulares vêm sendo amplamente utilizados por professores e alunos como ferramenta de acesso a internet – segundo a pesquisa, 49% dos professores usuários de Internet declararam utilizar o celular em atividades com os alunos, um crescimento de 10 pontos percentuais em relação ao ano anterior (39%).
O ponto é que as escolas ainda restringem o acesso aos estudantes, enquanto 92% das escolas possuíam rede WiFi, 61% dos diretores afirmaram que o uso dessa conexão não é permitido aos alunos, o que explica o baixo uso do equipamento nas unidades escolares.
Para Daniela Costa, coordenadora da pesquisa, a tecnologia em si não muda a escola e sim o seu uso. “A escola precisa se adaptar à cultura digital, o que passa por repensar sua organização, currículo, toda a sua cultura”, comenta.
Ela ainda entende que a conectividade pode não só aprimorar o trabalho do professor, como apoiar a autonomia dos estudantes e lançar as escolas a repensarem suas dinâmicas para além de seus muros, integrando as disciplinas aos conhecimentos que permeiam a vida da comunidade
Bibliografia: Carta e Educação

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Centro de interesses


Decroly foi um dos precursores dos métodos ativos, fundamentados na possibilidade de o aluno conduzir o próprio aprendizado e, assim, aprender a aprender. Alguns de seus pensamentos estão bem vivos nas salas de aula e coincidem com propostas pedagógicas difundidas atualmente. É o caso da idéia de globalização de conhecimentos - que inclui o chamado método global de alfabetização - e dos centros de interesse. 

O princípio de globalização de Decroly se baseia na idéia de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo, que posteriormente pode se organizar em partes, ou seja, que vai do caos à ordem. O modo mais adequado de aprender a ler, portanto, teria seu início nas atividades de associação de significados, de discursos completos, e não do conhecimento isolado de sílabas e letras. "Decroly lança a idéia do caráter global da vida intelectual, o princípio de que um conhecimento evoca outro e assim sucessivamente", diz Marisa del Cioppo Elias, professora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 

Os centros de interesse são grupos de aprendizado organizados segundo faixas de idade dos estudantes. Eles também foram concebidos com base nas etapas da evolução neurológica infantil e na convicção de que as crianças entram na escola dotadas de condições biológicas suficientes para procurar e desenvolver os conhecimentos de seu interesse. "A criança tem espírito de observação; basta não matá-lo", escreveu Decroly.

Maria Montessori

Maria Montessori

Poucos nomes da história da educação são tão difundidos fora dos círculos de especialistas como Montessori. Ele é associado, com razão, à Educação Infantil, ainda que não sejam muitos os que conhecem profundamente esse método ou sua fundadora, a italiana Maria Montessori (1870-1952). Primeira mulher a se formar em medicina em seu país, foi também pioneira no campo pedagógico ao dar mais ênfase à auto-educação do aluno do que ao papel do professor como fonte de conhecimento. "Ela acreditava que a educação é uma conquista da criança, pois percebeu que já nascemos com a capacidade de ensinar a nós mesmos, se nos forem dadas as condições", diz Talita de Oliveira Almeida, presidente da Associação Brasileira de Educação Montessoriana. 
Individualidade, atividade e liberdade do aluno são as bases da teoria, com ênfase para o conceito de indivíduo como, simultaneamente, sujeito e objeto do ensino. Montessori defendia uma concepção de educação que se estende além dos limites do acúmulo de informações. O objetivo da escola é a formação integral do jovem, uma "educação para a vida". A filosofia e os métodos elaborados pela médica italiana procuram desenvolver o potencial criativo desde a primeira infância, associando-o à vontade de aprender - conceito que ela considerava inerente a todos os seres humanos. 

O método Montessori é fundamentalmente biológico. Sua prática se inspira na natureza e seus fundamentos teóricos são um corpo de informações científicas sobre o desenvolvimento infantil. Segundo seus seguidores, a evolução mental da criança acompanha o crescimento biológico e pode ser identificada em fases definidas, cada uma mais adequada a determinados tipos de conteúdo e aprendizado. 

Maria Montessori acreditava que nem a educação nem a vida deveriam se limitar às conquistas materiais. Os objetivos individuais mais importantes seriam: encontrar um lugar no mundo, desenvolver um trabalho gratificante e nutrir paz e densidade interiores para ter capacidade de amar. A educadora acreditava que esses seriam os fundamentos de quaisquer comunidades pacíficas, constituídas de indivíduos independentes e responsáveis. A meta coletiva é vista até hoje por seus adeptos como a finalidade maior da educação montessoriana.

Ambientes de liberdade

Ao defender o respeito às necessidades e aos interesses de cada estudante, de acordo com os estágios de desenvolvimento correspondentes às faixas etárias, Montessori argumentava que seu método não contrariava a natureza humana e, por isso, era mais eficiente do que os tradicionais. Os pequenos conduziriam o próprio aprendizado e ao professor caberia acompanhar o processo e detectar o modo particular de cada um manifestar seu potencial.

Por causa dessa perspectiva desenvolvimentista, Montessori elegeu como prioridade os anos iniciais da vida. Para ela, a criança não é um pretendente a adulto e, como tal, um ser incompleto. Desde seu nascimento, já é um ser humano integral, o que inverte o foco da sala de aula tradicional, centrada no professor. Não foi por acaso que as escolas que fundou se chamavam Casa dei Bambini (Casa das crianças), evidenciando a prevalência do aluno. Foi nessas "casas" que ela explorou duas de suas ideias principais: a educação pelos sentidos e a educação pelo movimento. 

Descobrir o mundo

Nas escolas montessorianas, o espaço interno era (e é) cuidadosamente preparado para permitir aos alunos movimentos livres, facilitando o desenvolvimento da independência e da iniciativa pessoal. Assim como o ambiente, a atividade sensorial e motora desempenha função essencial - ou seja, dar vazão à tendência natural que a garotada tem de tocar e manipular tudo o que está ao seu alcance.

Maria Montessori defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio do movimento e do toque que as crianças exploram e decodificam o mundo ao seu redor. "A criança ama tocar os objetos para depois poder reconhecê-los", disse certa vez. Muitos dos exercícios desenvolvidos pela educadora - hoje utilizados largamente na Educação Infantil - objetivam chamar a atenção dos alunos para as propriedades dos objetos (tamanho, forma, cor, textura, peso, cheiro, barulho). 

O método Montessori parte do concreto rumo ao abstrato. Baseia-se na observação de que meninos e meninas aprendem melhor pela experiência direta de procura e descoberta. Para tornar esse processo o mais rico possível, a educadora italiana desenvolveu os materiais didáticos que constituem um dos aspectos mais conhecidos de seu trabalho. São objetos simples, mas muito atraentes, e projetados para provocar o raciocínio. Há materiais pensados para auxiliar todo tipo de aprendizado, do sistema decimal à estrutura da linguagem.

Escola sem lugar marcado


As salas de aula tradicionais eram vistas com desprezo por Maria Montessori. Ela dizia que pareciam coleções de borboletas, com cada aluno preso no seu lugar. Quem entra numa sala de aula de uma escola montessoriana encontra crianças espalhadas, sozinhas ou em pequenos grupos, concentradas nos exercícios. Os professores estão misturados a elas, observando ou ajudando. Não existe hora do recreio, porque não se faz a diferença entre o lazer e a atividade didática. Nessas escolas as aulas não se sustentam num único livro de texto. Os estudantes aprendem a pesquisar em bibliotecas (e, hoje, na internet) para preparar apresentações aos colegas. Atualmente existem escolas montessorianas nos cinco continentes, em geral agrupadas em associações que trocam informações entre si. Calcula-se em torno de 100 o número dessas instituições no Brasil.

BIBLIOGRAFIA
Educação Montessori: de um Homem Novo para um Mundo Novo
, Izaltina de Lourdes Machado, 90 págs.,
Ed. Pioneira, tel. (11) 3665-9900 (edição esgotada) 
Estudo do Sistema Montessori, Vera Lagoa, 192 págs., Ed. Loyola, tel. (11) 6914-1922, 23,30 reais 
Mente Absorvente, Maria Montessori, 318 págs., Ed. Nórdica (edição esgotada)