domingo, 10 de fevereiro de 2019

A evolução tecnológica das escolas

Antigamente o recurso mais usado era o quadro negro.Os materiais básicos eram o caderno, lápis, borracha e livros.

Atualmente usamos muito o retroprojetor, principalmente nas faculdades, celular, Internet, notebook, tablets e etc.

Melhorou bastante o avanço tecnológico, mas em escolas públicas ainda continua precária a tecnologia.



Tecnologia nas Escolas brasileiras

Uso das tecnologias ainda desafia escolas brasileiras

Além de superar questões de velocidade e acesso a internet, escolas precisam se adaptar à cultura digital
Se a presença de ao menos um computador é uma realidade para a quase totalidade de escolas urbanas no País, ainda sobram desafios quando se pensa o uso qualificado dessas tecnologias pela educação.
Dados da Pesquisa TIC Educação 2016 divulgados na quinta 3 mostram que a velocidade da conexão é um deles. 45% das escolas públicas ainda não ultrapassaram 4Mbps de velocidade de conexão à Internet, e 33% delas possuem velocidades de até 2Mbps.
Outro ponto que chama atenção na pesquisa são os locais em que a internet se encontra disponível nas escolas. Tanto na esfera pública como na privada, ainda é maior a predominância do acesso nas salas de coordenadores pedagógicos ou diretores ou nas salas dos professores ou de reunião, o que pode inviabilizar a criação de práticas pedagógicas em diálogo com a tecnologia.
O uso das redes WiFi poderia suprir esta questão, já que os celulares vêm sendo amplamente utilizados por professores e alunos como ferramenta de acesso a internet – segundo a pesquisa, 49% dos professores usuários de Internet declararam utilizar o celular em atividades com os alunos, um crescimento de 10 pontos percentuais em relação ao ano anterior (39%).
O ponto é que as escolas ainda restringem o acesso aos estudantes, enquanto 92% das escolas possuíam rede WiFi, 61% dos diretores afirmaram que o uso dessa conexão não é permitido aos alunos, o que explica o baixo uso do equipamento nas unidades escolares.
Para Daniela Costa, coordenadora da pesquisa, a tecnologia em si não muda a escola e sim o seu uso. “A escola precisa se adaptar à cultura digital, o que passa por repensar sua organização, currículo, toda a sua cultura”, comenta.
Ela ainda entende que a conectividade pode não só aprimorar o trabalho do professor, como apoiar a autonomia dos estudantes e lançar as escolas a repensarem suas dinâmicas para além de seus muros, integrando as disciplinas aos conhecimentos que permeiam a vida da comunidade
Bibliografia: Carta e Educação

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Centro de interesses


Decroly foi um dos precursores dos métodos ativos, fundamentados na possibilidade de o aluno conduzir o próprio aprendizado e, assim, aprender a aprender. Alguns de seus pensamentos estão bem vivos nas salas de aula e coincidem com propostas pedagógicas difundidas atualmente. É o caso da idéia de globalização de conhecimentos - que inclui o chamado método global de alfabetização - e dos centros de interesse. 

O princípio de globalização de Decroly se baseia na idéia de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo, que posteriormente pode se organizar em partes, ou seja, que vai do caos à ordem. O modo mais adequado de aprender a ler, portanto, teria seu início nas atividades de associação de significados, de discursos completos, e não do conhecimento isolado de sílabas e letras. "Decroly lança a idéia do caráter global da vida intelectual, o princípio de que um conhecimento evoca outro e assim sucessivamente", diz Marisa del Cioppo Elias, professora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 

Os centros de interesse são grupos de aprendizado organizados segundo faixas de idade dos estudantes. Eles também foram concebidos com base nas etapas da evolução neurológica infantil e na convicção de que as crianças entram na escola dotadas de condições biológicas suficientes para procurar e desenvolver os conhecimentos de seu interesse. "A criança tem espírito de observação; basta não matá-lo", escreveu Decroly.

Maria Montessori

Maria Montessori

Poucos nomes da história da educação são tão difundidos fora dos círculos de especialistas como Montessori. Ele é associado, com razão, à Educação Infantil, ainda que não sejam muitos os que conhecem profundamente esse método ou sua fundadora, a italiana Maria Montessori (1870-1952). Primeira mulher a se formar em medicina em seu país, foi também pioneira no campo pedagógico ao dar mais ênfase à auto-educação do aluno do que ao papel do professor como fonte de conhecimento. "Ela acreditava que a educação é uma conquista da criança, pois percebeu que já nascemos com a capacidade de ensinar a nós mesmos, se nos forem dadas as condições", diz Talita de Oliveira Almeida, presidente da Associação Brasileira de Educação Montessoriana. 
Individualidade, atividade e liberdade do aluno são as bases da teoria, com ênfase para o conceito de indivíduo como, simultaneamente, sujeito e objeto do ensino. Montessori defendia uma concepção de educação que se estende além dos limites do acúmulo de informações. O objetivo da escola é a formação integral do jovem, uma "educação para a vida". A filosofia e os métodos elaborados pela médica italiana procuram desenvolver o potencial criativo desde a primeira infância, associando-o à vontade de aprender - conceito que ela considerava inerente a todos os seres humanos. 

O método Montessori é fundamentalmente biológico. Sua prática se inspira na natureza e seus fundamentos teóricos são um corpo de informações científicas sobre o desenvolvimento infantil. Segundo seus seguidores, a evolução mental da criança acompanha o crescimento biológico e pode ser identificada em fases definidas, cada uma mais adequada a determinados tipos de conteúdo e aprendizado. 

Maria Montessori acreditava que nem a educação nem a vida deveriam se limitar às conquistas materiais. Os objetivos individuais mais importantes seriam: encontrar um lugar no mundo, desenvolver um trabalho gratificante e nutrir paz e densidade interiores para ter capacidade de amar. A educadora acreditava que esses seriam os fundamentos de quaisquer comunidades pacíficas, constituídas de indivíduos independentes e responsáveis. A meta coletiva é vista até hoje por seus adeptos como a finalidade maior da educação montessoriana.

Ambientes de liberdade

Ao defender o respeito às necessidades e aos interesses de cada estudante, de acordo com os estágios de desenvolvimento correspondentes às faixas etárias, Montessori argumentava que seu método não contrariava a natureza humana e, por isso, era mais eficiente do que os tradicionais. Os pequenos conduziriam o próprio aprendizado e ao professor caberia acompanhar o processo e detectar o modo particular de cada um manifestar seu potencial.

Por causa dessa perspectiva desenvolvimentista, Montessori elegeu como prioridade os anos iniciais da vida. Para ela, a criança não é um pretendente a adulto e, como tal, um ser incompleto. Desde seu nascimento, já é um ser humano integral, o que inverte o foco da sala de aula tradicional, centrada no professor. Não foi por acaso que as escolas que fundou se chamavam Casa dei Bambini (Casa das crianças), evidenciando a prevalência do aluno. Foi nessas "casas" que ela explorou duas de suas ideias principais: a educação pelos sentidos e a educação pelo movimento. 

Descobrir o mundo

Nas escolas montessorianas, o espaço interno era (e é) cuidadosamente preparado para permitir aos alunos movimentos livres, facilitando o desenvolvimento da independência e da iniciativa pessoal. Assim como o ambiente, a atividade sensorial e motora desempenha função essencial - ou seja, dar vazão à tendência natural que a garotada tem de tocar e manipular tudo o que está ao seu alcance.

Maria Montessori defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio do movimento e do toque que as crianças exploram e decodificam o mundo ao seu redor. "A criança ama tocar os objetos para depois poder reconhecê-los", disse certa vez. Muitos dos exercícios desenvolvidos pela educadora - hoje utilizados largamente na Educação Infantil - objetivam chamar a atenção dos alunos para as propriedades dos objetos (tamanho, forma, cor, textura, peso, cheiro, barulho). 

O método Montessori parte do concreto rumo ao abstrato. Baseia-se na observação de que meninos e meninas aprendem melhor pela experiência direta de procura e descoberta. Para tornar esse processo o mais rico possível, a educadora italiana desenvolveu os materiais didáticos que constituem um dos aspectos mais conhecidos de seu trabalho. São objetos simples, mas muito atraentes, e projetados para provocar o raciocínio. Há materiais pensados para auxiliar todo tipo de aprendizado, do sistema decimal à estrutura da linguagem.

Escola sem lugar marcado


As salas de aula tradicionais eram vistas com desprezo por Maria Montessori. Ela dizia que pareciam coleções de borboletas, com cada aluno preso no seu lugar. Quem entra numa sala de aula de uma escola montessoriana encontra crianças espalhadas, sozinhas ou em pequenos grupos, concentradas nos exercícios. Os professores estão misturados a elas, observando ou ajudando. Não existe hora do recreio, porque não se faz a diferença entre o lazer e a atividade didática. Nessas escolas as aulas não se sustentam num único livro de texto. Os estudantes aprendem a pesquisar em bibliotecas (e, hoje, na internet) para preparar apresentações aos colegas. Atualmente existem escolas montessorianas nos cinco continentes, em geral agrupadas em associações que trocam informações entre si. Calcula-se em torno de 100 o número dessas instituições no Brasil.

BIBLIOGRAFIA
Educação Montessori: de um Homem Novo para um Mundo Novo
, Izaltina de Lourdes Machado, 90 págs.,
Ed. Pioneira, tel. (11) 3665-9900 (edição esgotada) 
Estudo do Sistema Montessori, Vera Lagoa, 192 págs., Ed. Loyola, tel. (11) 6914-1922, 23,30 reais 
Mente Absorvente, Maria Montessori, 318 págs., Ed. Nórdica (edição esgotada)

O menininho de " Helen Buckley


De forma simples e clara a autora mostra o quanto a escola pode podar a criatividade, o entusiasmo, o senso crítico e reflexivo das crianças. E faz tudo isso em nome da ordem e da disciplina.
" Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande. "
Ao entrar na escola a criança encontra um mundo novo, chega cheia de curiosidade e expectativas e infelizmente muitas vezes o resultado da vivência escolar é a acomodação e a aceitação de tudo sem reflexões ou questionamentos, como a autora mostra nas falas:
" ... o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora. "
" ... ele não fazia mais as coisas por si próprio ... "
O menininho ( felizmente ) mudou de escola, mas não sabia mais desenhar ... e quando teve a oportunidade de expressar sua criatividade, desenhou uma flor vermelha com o caule verde, tal qual como a antiga professora havia ensinado e rotulado de certo e bonito.
Penso que um dos papéis da educação é fazer com que todos acreditem que está em nós o poder de mudar o mundo a nossa volta, mas para provocar mudanças é preciso ser crítico, reflexivo, criativo e autônomo.


Cultura


Práticas Pedagógicas " Um olhar diferente sobre nossa educação"

Preciso estar encantado para encantar as crianças
O professor é a primeira pessoa que precisa ir feliz para a escola, feliz por estar exercendo sua docência, feliz por estar em contato com as crianças, feliz por realizar uma pedagogia das crianças e para as crianças. Exercer o oficio de ser professor necessita de docentes apaixonados pelo o que fazem, que transbordem afeto e pedagogias das infâncias. em uma de minhas leituras encontrei um trecho de um artigo que dizia: “preciso estar encantado para encantar”, essa frase me remeteu a diversas reflexões e discussões sobre o que realmente as escolas (não somente as de Educação Infantil, mas em todas as etapas de ensino) estão proporcionando às nossas crianças, encantamentos ou tradicionalismo?
A criança é um ser potente, e toda a sua potência necessita ser aguçada, instigada e valorizada por cada profissional da educação da melhor maneira, que torne a criança como o centro da escola e de todo o processo de aprendizagem que ela realiza durante a sua jornada na Educação Infantil. Mas precisamos enquanto docentes estarmos com o brilho nos olhos e o amor pelas infâncias, respeitando e propondo as melhores condições para a sua vida. Estar encantado é poder enxergar além do que os nossos olhos nos mostram, é transmitir a empatia, carinho e calma, pois cada criança é única e aprende da sua maneira e no seu tempo, não o tempo do relógio mas sim o seu próprio tempo.
Estar feliz dentro da escola é acolher a criança como um todo, é estar aberto as possibilidades, retrocessos e processos, é saber que o que encanta é a simplicidade de uma folha caindo no chão, de escutar o barulho da chuva, de se sujar no barro, na argila ou na tinta, receber de uma criança uma pedra ou uma flor. Encanto é poder exercer a docência ao lado de grandes pessoas que nos ajudam a sermos melhores .. nossas crianças.
Que possamos a cada dia estarmos encantados e encantar nossos alunos com as minúcias do cotidiano, pois o que faz a escola não são as paredes, mas sim o principal pilar que sustenta todas as escolas:  as crianças.
Bibliografia: https://reflexoesepratixaspedagogicas.wordpress.com/2018/11/24/preciso-estar-encantado-para-encantar-as-criancas/

Ser mãe!



Ser mãe é um dos dons mais belos que temos, digo dom, pois não é pra qualquer uma, não é fácil ser mãe, é um trabalho 24 horas sem direito a férias, ou descanso.
Muitas vezes quase desisti de várias coisas, mas não podemos, se queremos ser exemplo e proporcionar o melhor para os filhos é que jamais deveremos desistir, eles nos dão a força que precisamos para continuar lutando.



Vida simples


“E a gente vai vivendo e aprendendo que o que temos de mais precioso não é o que nossas mãos alcançam, mas o que nosso coração abraça.”

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 Silvia

Crise ética

Tem se tornado um lugar comum entre nós a constatação de que vivemos uma crise da ética.
Acontecimentos recentes com denúncias de corrupção nos mais altos escalões do governo, do legislativo e do meio empresarial vêm causando perplexidade pelo alcance e a dimensão de casos que, se de um lado, sempre se suspeitou que ocorressem, por outro lado, nunca se pensou que tivessem essa magnitude e que pudessem causar os prejuízos que concretamente causaram.
Que desafios trazem para a sociedade brasileira as consequências desses processos que se tornaram parte de nosso dia? Que podemos fazer diante disso? A pergunta sempre feita é: qual a saída? Um ponto positivo é certamente o aumento da consciência ética do cidadão brasileiro, ou seja, a percepção da importância de uma postura mais ética. Além disso, a certeza da impunidade das elites, muito comum em nosso contexto, em grande parte também caiu por terra. Mas, o que significa uma postura mais ética?
Corrupção fere os critérios éticos básicos de honestidade e respeito, de transparência e dignidade. Produz ineficiência, causa dano à sociedade, prejudica a coletividade, significa uma ruptura com a cidadania. A corrupção no serviço público viola um dos princípios mais básicos da ética na política, que remonta à “Alegoria da Caverna” de Platão, a distinção entre o público e o privado. Alguém que exerce cargos públicos e que faz negócios com o governo o faz no “interesse público”, qualquer desvio desse princípio produz falta de credibilidade e perda de legitimidade e de autoridade dos que exercem cargos e funções públicas. Os atenienses condenavam à perda da cidadania, o ostracismo, quem fosse culpado desses desvios. Não os julgavam mais dignos de pertencer àquela comunidade.
Pessoas que exercem cargos públicos devem ser capazes de prestar contas à sociedade que os elegeu ou a quem devem representar. É nesse sentido que tem sido diagnosticado que vivemos uma crise de representatividade, que só pode ser superada na medida em que o eleitor seja mais consciente e tenha uma noção mais clara do que significa um mandato político, exatamente como um mecanismo de representação. O amadurecimento ético e político de uma sociedade exige isso para que a cidadania possa ser plenamente exercida. Temos em muitos casos uma classe política isolada da sociedade, dos cidadãos que deveria representar, de seus eleitores.
A filosofia, à qual pertence tradicionalmente a área da ética, nos ensina que uma sociedade não sobrevive e muito menos se desenvolve sem uma consciência mais clara e um maior reconhecimento dos valores que considera fundamentais. Valores consistem exatamente naquilo que a sociedade valoriza, que tem como ideais. Justiça, solidariedade, honestidade, bem-estar são exemplos de valores, admitidamente de caráter muito geral. Mas o caráter geral capta exatamente a ideia que esses valores são contextualizados, históricos e mudam de sociedade para sociedade e dentro de uma mesma sociedade com o tempo.
Além disso, em uma sociedade complexa como temos contemporaneamente diferentes grupos podem ter diferentes valores, portanto, a aceitação da diversidade e o respeito mútuo devem ser centrais em uma sociedade, permitindo a convivência, a inclusão, o pluralismo. Mas, valores não são dados, precisam ser construídos, reconhecidos, assumidos, defendidos e, principalmente, postos em prática. Não começamos éticos, a ética não é ponto de partida, mas ponto de chegada. Se não começamos éticos, vivemos crises, dificuldades e impasses, é preciso que enquanto coletividade tenhamos ideais e lutemos para coloca-los em prática. A ética deve nos fornecer, portanto, o que o grande filósofo alemão Immanuel Kant denominou “ideais regulativos”, ou seja, um rumo, uma direção, referências em termos das quais guiamos as nossas ações, pelas quais nos orientamos, mesmo que não as tenhamos atingido.
Esse deve ser o sentido de “construção de valores”. Trata-se sempre de um processo e também de um progresso em direção a fins, a ideais que reconhecemos como válidos e pelos quais lutamos. Esse o pressuposto para sairmos de um impasse em direção a uma real transformação na sociedade. Mudanças duradouras não são feitas de imediato, nem sem debate e discussão, exigem aprofundamento e perspectiva a longo prazo. Crises podem abrir esses caminhos difíceis, mas inevitáveis em momentos como o que vivemos.
Uma das principais características dessa luta pela ética deve ser a preocupação com uma melhor qualidade de vida não só individual como coletiva, incluindo nossa comunidade e nosso meio ambiente. Se vivemos uma crise da ética no meio político e empresarial, vemos também uma ampliação da discussão sobre ética e a efetiva tomada de medidas que contribuem para esse aperfeiçoamento.
Mudanças recentes e posturas inovadoras em campos como Bioética, Ética Ambiental, Ética na Pesquisa, Ética nos Meios de Comunicação, Ética e Igualdade de Gênero e Raça são exemplos disso, de que em muitos aspectos estamos vivendo uma “virada” em direção a conquistas éticas. Embora estejamos ainda muito distantes do que almejamos esses são campos em que surgem novos valores, em que se combatem preconceitos, em que se ampliam direitos e em que a sociedade brasileira efetivamente se transformou e vem dando exemplos de que mudanças em um sentido positivo são possíveis. Temos tido grandes avanços e a sociedade tem se beneficiado disso.
Esses são importantes exemplos de boas práticas e de bons resultados que podem servir de modelo para a ética na política e nos negócios, mostrando assim que podemos caminhar na direção de uma sociedade mais ética, desde que efetivamente caminhemos enquanto coletividade.
Bibliografia: Estadão Danilo Marcondes maio / 2017

Reforma da previdência para professores

Está ficando cada vez pior ser professor neste país!!

Eja em Canoas

EJA em Canoas
Atualmente, a EJA de Canoas possui 2.268 alunos matriculados nos turnos noturno e diurno, divididos em 70 turmas, em 20 escolas. O diferencial de Canoas é a EJA Cidadã, que propõe o ensino unidocência, ou seja, com um único professor para todas as disciplinas. Hoje, há 32 turmas atendidas nesse formato e a experiência tem mostrado que o vínculo mais forte entre a turma e o professor contribui para reduzir os índices de evasão escolar. A iniciativa de Canoas já foi apresentada em diversos fóruns de educação como modelo de sucesso a ser seguido.

Dialogicidade de Paulo Freire

“O diálogo é este encontro dos homens, imediatizados pelo mundo, para
pronunciá-lo, não se esgotando, portanto, na relação eu-tu. Esta é a razão
por que não é possível o diálogo entre os que querem a pronúncia do mundo
e os que não querem; entre os que negam aos demais o direito de dizer a
palavra e os que se acham negados deste direito” (Freire, 2005, p. 91).

Tragédias 2019

Tragédia pouca é bobagem. Depois de Brumadinho e das chuvas no Rio, agora esse incêndio no CT do Flamengo, com 10 vítimas, meninos que sonhavam em serem jogadores de futebol. O ano de 2019 começou com uma energia negativa muito forte no Brasil.”
Tudo se repete, chamamos de tragédias, mas me pergunto, elas poderiam ser evitadas? Até quando vamos perder vidas com tragédias que foram por negligência.
Brasil tem que acordar e fazer justiça!!!!

Aposentadoria

Será que conseguiremos nos aposentar? Voltaremos a ser escravos?

Edgar Morin

...compreender não só aos outros como a si mesmo, a necessidade de se auto-examinar, de analisar a autojustificação, pois o mundo está cada vez mais devastado pela incompreensão, que é o câncer do relacionamento entre seres humanos.
Edgar Morin

Censo demográfico racial no Brasil


População chega a 205,5 milhões, com menos brancos e mais pardos e pretos

Entre 2012 e 2016, enquanto a população brasileira cresceu 3,4%, chegando a 205,5 milhões, o número dos que se declaravam brancos teve uma redução de 1,8%, totalizando 90,9 milhões. Já o número de pardos autodeclarados cresceu 6,6% e o de pretos, 14,9%, chegando a 95,9 milhões e 16,8 milhões, respectivamente. É o que mostram os dados sobre moradores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016, divulgados hoje pelo IBGE.
Nas pesquisas domiciliares do IBGE, a cor dos moradores é definida por autodeclaração, ou seja, o próprio entrevistado escolhe uma das cinco opções do questionário: branco, pardo, preto, amarelo ou indígena.


A pesquisa mostra que, entre 2012 e 2016, a participação percentual dos brancos na população do país caiu de 46,6% para 44,2%, enquanto a participação dos pardos aumentou de 45,3% para 46,7% e a dos pretos, de 7,4% para 8,2%.
Há marcantes diferenças regionais na distribuição da população por cor ou raça, o que pode ser explicado pelo processo de ocupação do território. No Sul, , 76,8% da população se declarou branca, 18,7% parda e apenas 3,8% preta. Por outro lado, na região Norte, 72,3% da população se declarou parda, 19,5% branca e 7,0% preta.
A gerente da pesquisa, Maria Lucia Vieira, ressaltou que a redução dos brancos e aumento de pretos e pardos na população é uma tendência verificada ao longo do tempo. “Até o Censo Demográfico 2010, os brancos representavam mais da metade da população e naquele ano, pretos e pardos ultrapassaram”, afirmou.
Segundo a pesquisadora isso decorre de dois fatores principais: “Há a tendência da miscigenação, ou seja, que a população se misture e o grupo pardo cresça. E, no caso do aumento da autodeclaração de pretos, tem um fator a mais: o reconhecimento da população negra em relação à própria cor, que faz mais pessoas se identificarem como pretas”.
Texto: Adriana Saraiva
Foto: Tânia Rêgo - Agência Brasileira

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Questões éticos raciais no Brasil

Relações étnico-raciais - O papel da UNESCO para a superação da discriminação racial no Brasil


© UNESCO
A sociedade brasileira é constituída por diferentes grupos étnico-raciais que a caracterizam, em termos culturais, como uma das mais ricas do mundo. Entretanto, sua história é marcada por desigualdades e discriminações, especificamente contra negros e indígenas, impedindo, desta forma, seu pleno desenvolvimento econômico, político e social.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), desde sua fundação, declara que elucidar a contribuição dos diversos povos para a construção da civilização, seria um meio de favorecer a compreensão sobre a origem dos conflitos, do preconceito, da discriminação e da segregação raciais que assolam o mundo. Com essa concepção, a UNESCO no Brasil vem contribuindo com as diversas instâncias do governo, da sociedade civil organizada e da academia, na elaboração e no desenvolvimento de ações que possam respeitar as diferenças e promover a luta contra as distintas formas de discriminação, entre elas, a étnico-racial.
A atuação, em diferentes frentes áreas e temáticas, possibilitam que a UNESCO, ao longo de sua história, acumule sólida experiência. A abordagem transversal e as ações intersetoriais, têm sido priorizadas como um método rico e eficaz para o reconhecimento da diversidade étnico-racial e cultural que constitui a sociedade brasileira e também, para  a consolidação de um país promotor de igualdade de direitos.  
Ações importantes em prol das relações étnico-raciais:
Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas: promove a importância da interseção das histórias brasileira e africana.
Coleção História Geral da África em Português: pretende disseminar uma nova visão sobre o continente africanos para os brasileiros a fim de mostrar à sociedade que a história da África não está confinada ao tráfico de escravos e à pobreza.
Projeto Ensinar Respeito por Todos: uma parceria entre a UNESCO/Paris, e os governos do Brasil e dos Estados Unidos. Ele visa desenhar um modelo de estrutura curricular para lutar contra o racismo e promover a tolerância, que possa ser usado pelos países e adaptado às suas realidades locais.
Programa Rota do Escravo: consiste num instrumento para a conscientização da sociedade brasileira sobre a importância desse patrimônio histórico, facilitando assim sua integração no desenvolvimento da identidade nacional.

Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial


© UNESCO/Dom João
Resolução 2142 (XXI) da Assembleia Geral das Nações Unidas, aprovada em 26 de outubro de 1966, proclamou o dia 21 de março como o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, a ser celebrado anualmente. Nesse dia, em 1960, a polícia matou 69 pessoas durante uma manifestação pacífica contra a “lei do passe”, que fazia parte do regime do apartheid, em Sarpeville, África do Sul. Ao proclamar o Dia, em 1966, para simbolizar a luta pelo fim do apartheid na África do Sul, a Assembleia Geral convocou a comunidade internacional para redobrar seus esforços para eliminar todas as formas de discriminação racial. 
Ao longo dos anos, a UNESCO tem celebrado o Dia Internacional ao organizar eventos e campanhas em sua sede e em suas representações, assim como ao cooperar com as cidades-membros da Coalizão Internacional de Cidades Inclusivas e Sustentáveis (International Coalition of Inclusive and Sustainable Cities – ICCAR), anteriormente chamada de Coalizão Internacional de Cidades contra o Racismo, a Discriminação e a Xenofobia.
www.unesco.org